sábado, 24 de fevereiro de 2018

O QUE NOS ENSINA AS ORAÇÕES IMPRECATÓRIAS?

Vemos orações imprecatórias em diversas partes da Escritura, tanto no Antigo como no Novo Testamento. Vemos por exemplo, o apóstolo Paulo escrevendo duramente contra os falsos mestres da circuncisão: “Tomara até se mutilassem os que vos incitam à rebeldia” (Gl 5.12).
E na mesma carta, o apóstolo escreve: “Mas, ainda que nós ou mesmo um anjo vindo do céu vos pregue evangelho que vá além do que vos temos pregado, seja anátema” (Gl 1.8). Ninguém duvida que o apóstolo Paulo escrevia sob a inspiração do Santo Espírito de Deus, e sob a inspiração divina dirige palavras duras contra os inimigos da verdade.
Interessante observarmos que as orações imprecatórias brotaram dos lábios de cristãos que estavam vivendo em períodos de injustiça, perseguição de líderes perversos ou assédio de falsos mestres.
A seguir listo algumas verdades ensinadas pelas orações imprecatórias:

1. Os inimigos de Deus estão errados acerca da natureza e do caráter de Deus. Vemos no contexto dos salmos imprecatórios, os salmistas declarando as terríveis distorções feita pelos ímpios acerca do caráter e da natureza de Deus. Eles acham que podem fazer o que bem entendem, pois afinal de contas, dizem eles: “Deus se esqueceu, virou o rosto e não verá isto nunca” ou ainda: “Por que razão despreza o ímpio a Deus dizendo no seu íntimo que Deus não se importa?” (Sl 10.11,13).
Eles “matam a viúva e o estrangeiro e aos órfãos assassinam. E dizem: O SENHOR não o vê; nem disso faz caso o Deus de Jacó” (Sl 94.6,7). Mas o salmista mostra a insensatez dos perversos, pois “o que fez o ouvido, acaso, não ouvirá? E o que formou os olhos será que não enxerga? Porventura, quem repreende as nações não há de punir?” (Sl 94.9,10).
As orações imprecatórias mostram que os ímpios estão errados em seu diagnóstico sobre Deus. Deus não é inativo. Ele é o justo juiz de toda a terra. Ele ama a justiça e a retidão.
2. As orações imprecatórias nos mostram que a vingança pertence ao SENHOR (Cf. Sl 94.1). Para nós, a vingança pessoal é terminantemente proibida. A Escritura nos orienta a confiar a justiça retributiva ao SENHOR: “Não vos vingueis a vós mesmos, amados, mas dai lugar à ira; porque está escrito: A mim me pertence a vingança; eu é que retribuirei, diz o Senhor” (Rm 12.19).
A vingança divina não são impulsos descontrolados de raiva, mas sim sua justa retribuição e juízo contra os perversos.
3. As orações imprecatórias destacam a vitória e a majestade do SENHOR. Quando os homens de Deus proferiram orações imprecatórias, eles tinham em vista a vitória e o domínio de Deus sobre todos. Ao demonstrar a sua santa ira, os inimigos reconheceriam que havia um Deus soberano em Israel e por fim louvariam ao SENHOR.  
“Consome-os com indignação, consome-os, de sorte que jamais existam e se saiba que reina Deus em Jacó, até aos confins da terra” (Sl 59.13). e ainda: “Enche-lhes o rosto de ignomínia, para que busquem o teu nome SENHOR. Sejam envergonhados e confundidos perpetuamente; perturbem-se e pereçam. E reconhecerão que só tu, cujo nome é SENHOR, és o Altíssimo sobre toda a terra” (Sl 83.16-18).
As orações imprecatórias nos mostram que o perverso será punido e o justo recompensado e que Deus é o juiz de toda a terra. “Então, se dirá: Na verdade, há recompensa para o justo; há um Deus, com efeito, que julga na terra” (Sl 58.11).

Pb. Rikison Moura

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