segunda-feira, 29 de janeiro de 2018

A AUTODEFESA CONTRA A VIOLÊNCIA ILEGAL [1]

Por
Johannes Geerhardus Vos

A autodefesa contra a violência ilegal é sempre legítima. É mais do que legítima: é uma obrigação moral. A nossa vida não é nossa, mas pertence a Deus e por isso como despenseiros das propriedades de Deus temos a obrigação de preservar a nossa própria vida, e a dos outros, da destruição pela violência criminosa. O princípio de que a autodefesa é legítima é geralmente sustentado pelo Direito Civil das nações. Alegar que a “regra de ouro”, ou que a obrigação de amar nosso próximo, significa que seja errado matar como esforço de autodefesa é empurrar o amor ao próximo para um extremo absurdo e fanático. A Escritura ordena que se ame o próximo como a si mesmo, isto é, o amor ao próximo deve estar em equilíbrio com o amor apropriado a si mesmo. Quem se deixar matar por um criminoso, sem tentar se defender, ama demais o seu próximo e não ama a si mesmo o suficiente.



[1] VOS, Geerhardus. Catecismo Maior de Westminster Comentado, São Paulo: Os Puritanos, 2007, p.426