Por
Johannes Geerhardus
Vos
A autodefesa contra a violência
ilegal é sempre legítima. É mais do que legítima: é uma obrigação moral. A
nossa vida não é nossa, mas pertence a Deus e por isso como despenseiros das
propriedades de Deus temos a obrigação de preservar a nossa própria vida, e a
dos outros, da destruição pela violência criminosa. O princípio de que a
autodefesa é legítima é geralmente sustentado pelo Direito Civil das nações.
Alegar que a “regra de ouro”, ou que a obrigação de amar nosso próximo,
significa que seja errado matar como esforço de autodefesa é empurrar o amor ao
próximo para um extremo absurdo e fanático. A Escritura ordena que se ame o
próximo como a si mesmo, isto é, o amor ao próximo deve estar em equilíbrio com
o amor apropriado a si mesmo. Quem se deixar matar por um criminoso, sem tentar
se defender, ama demais o seu próximo e não ama a si mesmo o suficiente.