José era um jovem hebreu que acreditava com muita convicção
que a sua vida e todos os acontecimentos, inclusive coisas ruins que lhe
sucederam, estavam no controle de Deus.
Ao lembrar os seus irmãos de tudo que lhe aconteceu, a saber,
a traição e a venda como escravo para o Egito, ele declarou que tudo isso fazia
parte do miraculoso plano de Deus. Após muitos anos, quando José já era
governador das terras egípcias, ele dá-se a conhecer a seus irmãos e declara a
sua inabalável fé no Deus soberano:
“Eu sou José, vosso
irmão, a quem vendestes para o Egito. Agora, pois, não vos entristeçais, nem
vos irriteis contra vós mesmos por me haverdes vendido para aqui; porque para a
conservação da vida, Deus me enviou adiante de vós. Porque já houve dois anos
de fome na terra, e ainda restam cinco anos em que não haverá lavoura nem
colheita. Deus me enviou adiante de vós, para conservar vossa sucessão na terra
e para vos preservar a vida por um grande livramento. Assim, não fostes vós que
me enviaste para cá, e sim Deus, que me pôs por pai de Faraó, e senhor de toda
a sua casa, e como governador em toda a terra do Egito” (Gn 45.4-8).
José demonstra uma grande compreensão do governo soberano e
providencial de Deus, e humildemente se dobra diante da soberania do Altíssimo.
Para José, foi Deus quem o enviou ao Egito e o enviou com um propósito bem
definido: “Deus me enviou adiante de vós,
para conservar vossa sucessão na terra e para vos preservar a vida por um
grande livramento” (v.7).
Deus estava operando um grande livramento através dele. Por
causa disso, José não deixa amargar a sua alma em vingança contra seus irmãos,
pois na visão desse servo de Deus, seus irmãos foram instrumentos desse grande
plano do SENHOR.
Quando seus filhos nasceram no Egito, José continuou
atribuindo louvor e reconhecimento da bondade e do poder de Deus. Diz o texto sagrado:
“Antes de chegar a fome, nasceram dois filhos
a José, os quais lhe deu Asenate, filha de Potífera, sacerdote de Om. José ao
primogênito chamou de Manassés, pois disse: Deus me fez esquecer de todos os
meus trabalhos e de toda a casa de meu pai. Ao segundo, chamou-lhe Efraim, pois
disse: Deus me fez próspero na terra da minha aflição” (Gn 41.50-52).
A visão que este homem tem do domínio de Deus sobre o mundo é
apaixonante! Deus é o centro de sua vida e pensamento. É Deus quem o envia ao
Egito para efetuar por meio dele um grande livramento. É Deus quem lhe concede
domínio sobre o Egito. É Deus quem o faz esquecer-se de todos os seus trabalhos
e é Deus quem o abençoa numa terra de aflição. Sofrimento, paganismo, distância
de sua família não conseguem abalar a fé de José, pois sua visão está centrada
em Deus.
O livro do Gênesis que narra à história de José encerra-se
com uma grande declaração da soberania de Deus que todos nós amamos: “Vós, na verdade, intentastes o mal contra
mim; porém Deus o tornou em bem, para fazer, como vedes agora, que se conserve
muita gente em vida” (Gn 50.20). Tendo isso em mente, que possamos colocar
em prática, aprendendo cada dia a descansar no cuidado de Deus. Sabendo que
todas as coisas cooperam para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são
chamados segundo o seu propósito (Rm 8.28).
Rikison Moura.
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