terça-feira, 12 de julho de 2016

O CIRCO DO AGENOR

Havia uma associação de palhaços, cujo um deles chamava-se Agenor. Depois de discordar de seus companheiros, ele resolveu sair e fazer o seu próprio circo. Esse circo cresceu e se espalhou pelo país.
Agenor veste-se de saco, às vezes também usa uma coroa e é um palhaço muito barulhento. Ele soa a camisa para “ganhar o pão”, mas como o circo é sua vida e seu negócio, ele não desperdiça nada, aproveita o suor para jogar na platéia que polvorosa tenta pegar as toalhinhas suadas.

O palhaço Agenor é aclamado pelo povo que incauto não percebe os seus truques. Agenor é esforçado, faz quase todas as tarefas do seu circo, pois além de palhaço, ele é malabarista e ilusionista.
O Agenor agora resolveu inovar e juntar o circo com a religião e transformou a igreja num circo ou o circo numa igreja, não sei bem precisar.
Seus principais truques são o “sopro do espírito”, “o cair no espírito”, “o paletó mágico”, “as profetadas” e os “rodopios sem sentido”.
Vocês sabem o que tira o Agenor do sério? Alguém que não vai com a cara do seu circo. Ele se enfurece quando não dão crédito aos seus truques. Ele berra, ameaça, amaldiçoa e expulsa do seu circo quem não gosta de suas palhaçadas, afinal, o circo é dele e lá ele manda.
De vez enquanto, ele convida outros palhaços para animar a festança. Um dia desse ele trouxe o palhaço do estrangeiro, chamado de “Bem Ruim”, vocês conhecem? Aquele da unção do paletó e do sopro mágico!  
Às más línguas comentam que no circo do Agenor vão começar a cantar:

“Hoje tem palhaçada?”
Tem, sim sinhô.
Hoje tem profetada?
Tem, sim sinhô.
E o palhaço quem é?
É Agenor o lelé”


Rikison Moura


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