O que tem prevalecido até hoje é
a ideia de que Calvino pessoalmente executou Serveto. Que Calvino arquitetou,
tramou e executou o seu plano de tirar-lhe a vida. Que o reformador de Genebra
é um assassino, um tirano sedento por sangue. Porém, o máximo que se pode
atribuir a Calvino no caso Serveto é a sua concordância na execução, não que
ele fosse morto na fogueira, mas que ele fosse morto. Não que isso seja certo,
mas é o que se pode atribuir a ele.
De fato, Calvino acusou Serveto
de heresia, o que não era nenhuma mentira, pois Serveto, era sim um herege que
já havia sido preso pelos católicos romanos na França; tendo fugido da prisão,
foi queimado simbolicamente pela igreja romana.