quarta-feira, 4 de novembro de 2015

CRISTO E AS DOUTRINAS DA GRAÇA

O grande pregador calvinista, George Whitefield disse: “Aceito o esquema calvinista, não por causa de Calvino, e sim porque Jesus Cristo o ensinou para mim”. O que Cristo ensinou sobre as doutrinas da graça?
Soberania de Deus: Quando Cristo quis evidenciar o poder soberano de Deus Pai, ele usou eventos triviais, pequenos detalhes da vida comum. Cristo disse: “Não se vendem dois pardais por um asse? E nenhum deles cairá em terra sem o consentimento de vosso Pai. E, quanto a vós outros, até os cabelos todos da cabeça estão contados” (Mt 10.29,30).

Quando os discípulos ouviram dos lábios do Mestre que “quão dificilmente entrarão no reino de Deus os que têm riquezas! Porque é mais fácil passar um camelo pelo fundo de uma agulha do que entrar um rico no reino de Deus”, eles exclamaram: “Sendo assim, quem pode ser salvo?”
A riqueza era considerada uma clara demonstração do favor de Deus, assim as pessoas mais ricas eram consideradas candidatos prováveis ao céu. O ensino de Jesus foi desnorteador para os discípulos, pois se ao rico era impossível ser salvo pelos seus méritos, que chances haveria para os pobres? Jesus deixa claro que a salvação não depende do esforço humano, mas é uma obra da graça soberana de Deus, pois “os impossíveis dos homens são possíveis para Deus” (Lc 18.24-28).
Depravação Total: Cristo declarou que todos os não salvos são filhos do diabo, eles são cativos do príncipe das trevas e vivem para fazer a sua perversa vontade.
“Vós sois do diabo, que é o vosso pai, e quereis satisfazer-lhe os desejos...” (Jo 8.44).
Eleição incondicional: Jesus ensinou que, antes do princípio do tempo, Deus escolheu um grande número de pecadores para a salvação. O Pai deu esse número de pecadores a Cristo para serem o seu próprio povo.
“Todo aquele que o Pai me dá, esse virá a mim; e o que vem a mim, de modo nenhum o lançarei fora. Ninguém, pode vir a mim se o Pai, que me enviou, não o trouxer; e eu o ressuscitarei no último dia” (Jo 6.37,44).
Reprovação divina: Em acréscimo a doutrina da eleição, nós temos a doutrina da reprovação. Aos eleitos Deus utiliza a sua misericórdia, aos réprobos Deus utiliza a Sua justiça. Aos eleitos Deus dá aquilo que eles não merecem – perdão e salvação, mas aos réprobos Deus lhes dá exatamente aquilo que seus pecados merecem – juízo, condenação.
Cristo ensinou que a razão de muitos não crerem nele é porque não foram escolhidos para isso, não se acham entre as suas ovelhas: “Mas vós não credes, porque não sois das minhas ovelhas” (Jo 10.26).
Expiação Definida: Cristo nos ensina claramente, por quem ele derramaria o seu precioso sangue. “Eu sou o bom pastor; conheço as minhas ovelhas, e elas me conhecem a mim, e eu conheço o Pai; e dou a minha vida pelas ovelhas” (Jo 10.14,15).
Graça irresistível: Cristo nos ensina que a salvação é sempre uma iniciativa divina. É Deus quem toma a iniciativa neste grande drama da redenção. Todo aquele que o Filho de Deus veio buscar, Ele inevitavelmente encontra, pois, o “Filho do homem veio buscar e salvar o que se havia perdido” (Lc 19.10).
Ao ouvir a poderosa voz do Bom Pastor, as ovelhas são atraídas a Ele. “As minhas ovelhas ouvem a minha voz; eu as conheço e elas me seguem” (Jo 10.27).
Perseverança dos Santos: Cristo ensinou que aquelas almas que foram escolhidas e dadas a Ele pelo Pai jamais se perderão. É impossível que o Bom Pastor perca sequer uma de suas ovelhas. Cristo evidencia essa inabalável segurança nas seguintes palavras:
Eu lhes dou a vida eterna; jamais perecerão, e ninguém as arrebatará da minha mão. Aquilo que meu Pai me deu é maior do que tudo; e da mão do Pai ninguém pode arrebatar” (Jo 10.28,29).

Rikison Moura.

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