quarta-feira, 18 de março de 2015

AS AVES, O MESTRE E A LIÇÃO.

Deus é surpreendente. Suas lições são preciosas e marcantes. E Deus usa instrumentos inusitados para nos ensinar e demonstrar seu poder e sabedoria. Ao profeta Jonas, que dominado por um zelo nacionalista ficou entristecido porque Deus teve compaixão dos ninivitas, perdoando os seus pecados. Deus ensinou o profeta obstinado através de um verme, mostrando-lhe como os seus valores estavam distorcidos (Jn 4.6-11).
Assim Deus utiliza-se de coisas insignificantes para ensinar-nos preciosas lições. O preguiçoso é advertido a aprender com as formigas: “Vai ter com a formiga, ó preguiçoso, considera os seus caminhos e sê sábio. Não tendo ela chefe, nem oficial, nem comandante, no estio, prepara o seu pão, na sega, ajunta o seu mantimento” (Pv 6.6,7).

Em provérbios 30.24-28 há uma lista de quatro pequenos animais que, contudo, nos ensinam grandes lições:
“Estas quatro coisas são das mais pequenas da terra, mas sábias, bem providas de sabedoria: as formigas são um povo impotente; todavia, no verão preparam a sua comida; os coelhos são um povo débil; e, contudo, fazem a sua casa nas rochas; os gafanhotos não têm rei; e, contudo, todos saem e em bandos se repartem; a aranha, que se apanha com as mãos e está no palácio dos reis”.
As formigas demonstram trabalho e previsão; os coelhos apontam para a diligência e proteção; os gafanhotos nos ensinam organização e cooperação mútua e as aranhas apontam para a habilidade e utilidade ao eliminarem outros insetos menos desejáveis.    
Jesus, o Filho amado de Deus, o Mestre por excelência, nos ensinou princípios norteadores e transformadores de vidas utilizando-se de elementos simples. Numa de suas mais preciosas lições, o amado Mestre, nos convida a olhamos para as aves do céu, que não semeiam e nem colhem, nem ajuntam em celeiros; contudo, Deus, o Pai as sustenta. E se Deus sustenta assim as aves, porventura, nos deixaria desamparados, nós que valemos muito mais do que as aves? (Mt 6.26,27). Certamente, se Deus supre as necessidades e alimenta uma pequena ave, fará muito mais por nós que somos os seus filhos.
Toda a criação espera pelo cuidado providencial de Deus, o Criador e Sustentador de todas as coisas. É Ele “que cobre de nuvens os céus, prepara a chuva para a terra, faz brotar nos montes a erva e dá o alimento aos animas e aos filhos dos corvos, quando clamam” (Sl 147. 8,9). “Todos esperam de ti que lhes dês de comer a seu tempo. Se lhes dás, eles o recolhem; se abres a mão, eles se fartam de bens. Se ocultas o rosto, eles se perturbam; se lhes corta a respiração, morrem e voltas ao seu pó” (Sl 104. 27-29).

“Olhai para as aves do céu”, disse Jesus. Se fizéssemos isso, jamais nos sentiríamos desamparados. Aprenderíamos a lição que as aves nos ensinam, de que Deus é bondoso e providencial.
O tordo disse ao pardal:
“Tenho uma curiosidade:
Por que os seres humanos, cheios de ansiedade,
Se preocupam de modo tal?”
E ao tordo respondeu o pardal:
“Acho que sei por quê;
Vai ver que não têm um Pai celestial
Como o que cuida de mim e de você”.

Devemos confiar em Deus, o nosso eterno Benfeitor, entregando em suas mãos todas as nossas ansiedades, pois Ele tem cuidado de nós (1Pe 5.7). O Deus que cuida das aves do céu e de todas as outras criaturas conhece muito bem de que necessitamos. Por isso, nós cremos, que o nosso Pai celeste, no Seu tempo e segundo a Sua santa vontade, há de suprir todas as nossas necessidades (Fp 4.19).  

Rikison Moura, V. D. M


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