Deus é
surpreendente. Suas lições são preciosas e marcantes. E Deus usa instrumentos
inusitados para nos ensinar e demonstrar seu poder e sabedoria. Ao profeta
Jonas, que dominado por um zelo nacionalista ficou entristecido porque Deus
teve compaixão dos ninivitas, perdoando os seus pecados. Deus ensinou o profeta
obstinado através de um verme, mostrando-lhe como os seus valores estavam
distorcidos (Jn 4.6-11).
Assim Deus
utiliza-se de coisas insignificantes para ensinar-nos preciosas lições. O
preguiçoso é advertido a aprender com as formigas: “Vai ter com a formiga, ó
preguiçoso, considera os seus caminhos e sê sábio. Não tendo ela chefe, nem
oficial, nem comandante, no estio, prepara o seu pão, na sega, ajunta o seu
mantimento” (Pv 6.6,7).
Em provérbios
30.24-28 há uma lista de quatro pequenos animais que, contudo, nos ensinam
grandes lições:
“Estas quatro
coisas são das mais pequenas da terra, mas sábias, bem providas de sabedoria:
as formigas são um povo impotente; todavia, no verão preparam a sua comida; os
coelhos são um povo débil; e, contudo, fazem a sua casa nas rochas; os
gafanhotos não têm rei; e, contudo, todos saem e em bandos se repartem; a
aranha, que se apanha com as mãos e está no palácio dos reis”.
As formigas demonstram
trabalho e previsão; os coelhos apontam para a diligência e proteção; os
gafanhotos nos ensinam organização e cooperação mútua e as aranhas apontam para
a habilidade e utilidade ao eliminarem outros insetos menos desejáveis.
Jesus, o
Filho amado de Deus, o Mestre por excelência, nos ensinou princípios norteadores
e transformadores de vidas utilizando-se de elementos simples. Numa de suas
mais preciosas lições, o amado Mestre, nos convida a olhamos para as aves do
céu, que não semeiam e nem colhem, nem ajuntam em celeiros; contudo, Deus, o
Pai as sustenta. E se Deus sustenta assim as aves, porventura, nos deixaria
desamparados, nós que valemos muito mais do que as aves? (Mt 6.26,27).
Certamente, se Deus supre as necessidades e alimenta uma pequena ave, fará
muito mais por nós que somos os seus filhos.
Toda a criação espera pelo cuidado providencial de
Deus, o Criador e Sustentador de todas as coisas. É Ele “que cobre de nuvens os
céus, prepara a chuva para a terra, faz brotar nos montes a erva e dá o
alimento aos animas e aos filhos dos corvos, quando clamam” (Sl 147. 8,9).
“Todos esperam de ti que lhes dês de comer a seu tempo. Se lhes dás, eles o
recolhem; se abres a mão, eles se fartam de bens. Se ocultas o rosto, eles se
perturbam; se lhes corta a respiração, morrem e voltas ao seu pó” (Sl 104.
27-29).
“Olhai para
as aves do céu”, disse Jesus. Se fizéssemos isso, jamais nos sentiríamos
desamparados. Aprenderíamos a lição que as aves nos ensinam, de que Deus é
bondoso e providencial.
O tordo disse ao pardal:
“Tenho uma curiosidade:
Por que os seres humanos, cheios de ansiedade,
Se preocupam de modo tal?”
E ao tordo respondeu o pardal:
“Acho que sei por quê;
Vai ver que não têm um Pai celestial
Como o que cuida de mim e de você”.
Devemos confiar em Deus, o nosso eterno Benfeitor,
entregando em suas mãos todas as nossas ansiedades, pois Ele tem cuidado de nós
(1Pe 5.7). O Deus que cuida das aves do céu e de todas as outras criaturas
conhece muito bem de que necessitamos. Por isso, nós cremos, que o nosso Pai
celeste, no Seu tempo e segundo a Sua santa vontade, há de suprir todas as
nossas necessidades (Fp 4.19).
Rikison Moura, V. D. M
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