terça-feira, 24 de fevereiro de 2015

VOCÊ ACREDITA NAQUILO QUE CANTA?

Em muitos lugares, o chamado “momento de louvor”, têm se constituído um verdadeiro pandemônio. As pessoas cantam coisas absurdas, que são verdadeiras blasfêmias contra o Deus da Escritura. A pobreza nas letras denominadas “cristãs” revela a superficialidade da teologia dos medalhões do mundo gospel e de seus fã-náticos que repetem tudo sem ao menos refletir se aquilo que estão cantando possui ou não fundamentação bíblica. 

Com o advento da filosofia baseada no marketing que invadiu a igreja como um rolo compressor, os fundamentos têm sido removidos e a doutrina abandonada. Sabemos que a essência de todo marketing é deixar o consumidor satisfeito, e nesse mercado chamado gospel, canta-se para agradar, entreter, motivar à carne, aguçar os ouvidos com mensagens brandas e finalmente encher os bolsos de dinheiro. Aliás, a única coisa pobre que eles possuem são as letras, mas paradoxalmente, com essa pobreza musical/teológica, eles construíram verdadeiros impérios.
Eles não entendem que a música cristã não é mero entretenimento, mas sim teologia em versos, teologia em movimento, é a fé sendo cantada. Sem essa dimensão e mentalidade, corremos o sério risco de introduzir graves heresias nos hinos.
Assim como um pregador não têm o direito pregar mentiras, um cantor também não tem direito de cantar mentiras. Assim como devemos confrontar os sermões à luz da Escritura, devemos submeter os hinos ao mesmo escrutínio. Devemos confrontar com a Escritura não apenas o que se prega, mas também o que se canta.
Se as pessoas creem no que cantam, então, em muitos lugares, estão crendo numa abominação que não encontra espaço na revelação bíblica. Sendo assim, estão crendo que Deus lamenta por levar porta na cara; estão crendo que as nossas aspirações são “sonhos de Deus” e que os “sonhos de Deus jamais vão morrer”. Que sofrimento não é coisa de cristão e a nossa vitória tem sabor de mel. Quanto antropocentrismo! Não estamos louvando a Deus, estamos apenas convidando-O a louvar a nós mesmos.
O culto é um testemunho público das virtudes de Deus. Por isso que as nossas músicas precisam ser bíblicas. Devem apontar, com base na Escritura, para quem Deus é, e o que Deus faz. Se assim for, a música constitui-se num poderoso instrumento evangelístico, atraindo as pessoas para a verdade de Deus, como também edificará os santos, fortalecendo-os na doutrina bíblica. O Salmo 40.3 é oportuno nessa reflexão:
“E me pôs nos lábios um novo cântico, um hino de louvor ao nosso Deus; muitos verão essas coisas, temerão e confiarão no SENHOR”.
O objetivo de Davi não é agradar o gosto do auditório, não é compor apenas para agradar a si mesmo, mas tornar o nome de Deus conhecido. Por ser compromissado com a verdade de Deus, essa música tem um resultado: “Muitos verão essas coisas, temerão e confiarão no SENHOR”.
É claro que ainda tem muita gente fazendo boas músicas, com conteúdo realmente cristão, mas é preciso procurá-los com muita atenção, eles não estão na “crista da onda”, isso é reservado aos que aquecem o mercado, que movimentam a máquina megalomaníaca do mundo gospel. 
O que você tem cantado? Será que o que você tem cantado passa no teste da Escritura? É bíblico? É para a glória de Deus? Você crer no que canta? Reflita sobre essas questões e siga a Escritura.

Rikison Moura, V. D. M



Nenhum comentário:

Postar um comentário