sexta-feira, 31 de outubro de 2014

A DOUTRINA DA ELEIÇÃO.

A doutrina da eleição foi motivo de debates acalorados no passado e continua sendo matéria de polêmica em nossos dias. E alguns distorcem essa bendita doutrina gerando grandes prejuízos. Muitas inverdades são lançadas sobre ela, das quais destaco as seguintes:
1. Foi João Calvino que a inventou. Segundo essa teoria, a doutrina da eleição jamais existiria se um homem chamado João Calvino não tivesse criado essa doutrina, que segundo eles é uma grande heresia. Aqueles que se agarram a essa posição, agarram-se em fraco fundamento, pois revelam não apenas desconhecimento bíblico, mas também desconhecimento da própria História da Igreja. Essa doutrina esteve presente nos escritos dos Pais da Igreja, que viveram muito antes de Calvino.
 Agostinho de Hipona, por exemplo, já fazia forte menção a ela no século IV d.C. No entanto, essa doutrina não é calvinista, nem agostiniana, ela é uma doutrina bíblica. Negá-la é jogar fora uma enorme gama de versículos bíblicos. Nós a encontramos nos textos do apóstolo Paulo, nos escritos de Pedro, João, Judas, Tiago, Lucas e nas palavras do próprio Jesus quando disse: “Não fostes vós que me escolhestes a mim, mas eu vos escolhi a vós...” (Jo 15.16).

terça-feira, 28 de outubro de 2014

REMEMORANDO À REFORMA

No dia 31 de outubro completará 497 anos desde que Lutero fixou suas 95 teses na porta da igreja do Castelo de Wittenberg, deflagrando a Reforma Protestante que mudaria os alicerces da Europa e do mundo inteiro.
Nesses dias, meditando acerca desse evento tão importante na vida da Igreja, resolvi escrever sobre ele usando versos e rimas. E assim ficou:

sexta-feira, 24 de outubro de 2014

Aniversário IPRussas - 70 anos!

Convite Especial

A Igreja Presbiteriana de Russas – IPR tem a grata satisfação de convidar você, sua família e igreja para participar da nossa festa de aniversário de 70 anos de fundação. Realizaremos cultos de Ação de graças à Deus, nos dias 08 09/11/2014 (Sábado e Domingo) a partir das19h00m.
Por isso, contamos com a sua presença.
Em breve divulgaremos nossa programação e preletores.
                                                                         
                                                                            Rev. Daniel de Barros
                                  Concílio da IP Russas 

ESTÁ CONSUMADO”

“Quando, pois, Jesus tomou o vinagre, disse: Está consumado! E, inclinando a cabeça, rendeu o espírito” (Jo 19.30).
Sou plenamente convicto que a cruz não foi uma reflexão tardia, não foi um acidente humano, não foi uma espécie de plano B porque o plano A havia fracassado, mas a cruz foi uma determinação divina. “Todavia, ao SENHOR agradou moê-lo, fazendo-o enfermar...” (Is 53.10).
A sexta declaração de Jesus na cruz não foi um gemido de um homem derrotado, mas sim um grito triunfante de vitória do Filho de Deus, nosso bendito Salvador. Não se tratava de um lamento de uma vítima vencida pelas circunstâncias, mas o grito de um vencedor exterminando todos os seus adversários. Aos trinta e três anos de idade, a maioria das pessoas costumam afirmar: “É o começo”, mas na mesma idade, Jesus dizia: “Está consumado”.  Na língua grega, o significado dessas palavras é: “Está consumado, permanece consumado e estará sempre consumado”.

terça-feira, 21 de outubro de 2014

UMA ESPOSA PRUDENTE: PRESENTE DE DEUS

“Pregar, discutir, admoestar, edificar, estar à disposição de cada um – que fardo, que peso, que trabalho!”. Essas palavras foram ditas por Agostinho de Hipona ao sentir o peso do ministério pastoral.
Eu não sou pastor, mas confesso, que estou me sentindo assim. Pregar, ensinar, combater, pesquisar, escrever... que trabalho. Nesses dias angustiado com tantas coisas para fazer, pensei em dar um tempo. Nessas horas difíceis precisamos desabafar com alguém. E a minha esposa tem me ouvido com paciência a sete anos. A minha esposa é parte integrante de tudo que eu faço. A experiência e as Escrituras atestam que uma “mulher sábia edifica a sua casa, mas a insensata, com as próprias mãos, a derriba” (Pv 14.1).
Em Provérbios 21. 9 assim está escrito: “Melhor é morar no canto do eirado do que junto com a mulher rixosa na mesma casa”.
 Certamente, casar não é tarefa fácil. Muitos são os desafios. E que benção de Deus é ter uma esposa sábia e prudente! Certamente é um presente de Deus em nossas vidas.
“A casa e os bens vêm como herança dos pais; mas do SENHOR, a esposa prudente” (Pv 19.14).

sexta-feira, 17 de outubro de 2014

A BEM-AVENTURANÇA DOS JUSTOS (Salmo 1)

Esse Salmo serve como introdução ao restante do livro. O seu título “Os justos e os ímpios” ou “A felicidade dos justos e o castigo dos ímpios”, é um tema corrente em toda a Escritura. Ele faz um contraste entre o justo e o ímpio, entre a felicidade que aguarda aqueles que são queridos por Deus e entre os que rejeitam os Seus caminhos e seguem seu próprio rumo. Lembremo-nos das palavras de Salomão: “Há caminhos que parece direito ao homem, mas o seu fim são os caminhos da morte”. (Pv 16.25). Muitos dizem que o importante é ser sincero, mas, o autor sagrado nos mostra que não basta ser sincero, pois muitos sinceramente seguem rumo à destruição! Quando o homem rejeita o caminho de Deus revelado em Sua Palavra, não resta mais nada, senão, ilusão.
1.1 Bem-aventurado...
 Essas palavras iniciais nos fazem lembrar o sermão de Cristo, conhecido como o “sermão das bem-aventuranças”, onde ele inicia com essa magnifica palavra: bem-aventurados... Esse termo em hebraico é asher, nome de um dos filhos de Jacó (“Aser”; Gn 30.12,13). Trata-se de um termo plural: “Ó, as alegrias! As bem-aventuranças! As bênçãos!”. O equivalente grego é “feliz” ou “abençoado”.

terça-feira, 14 de outubro de 2014

BREVE INTRODUÇÃO AO LIVRO DOS SALMOS

O título do livro dos Salmos na Bíblia Hebraica é “Tehillim”, que significa “louvores” ou “cântico de louvor”, ás vezes também é chamado de “Sepher Tehillim”, que significa “Livro de louvores”. A tradução grega do Antigo Testamento (a Septuaginta) empregou o termo Psalmoi ou Psalterion que quer dizer: “um cântico entoado com o acompanhamento de um instrumento de cordas”. A Vulgata (tradução da Bíblia dos idiomas originais hebraico e grego para o latim feita por Jerônimo) seguiu a Septuaginta e chamou o livro de Psalmorum , do latim Psalterium, “um instrumento de cordas”.
O Senhor Jesus Cristo e Seus apóstolos possuíam grande estima por esse livro. No Novo Testamento encontramos mais de quatrocentas alusões ou citações dos Salmos. Jesus usava os Salmos em Seus ensinamentos ao povo. No Sermão do Monte, Jesus Cristo declarou que os mansos herdariam a terra (Mt 5.5 comp. Sl 37.11). Ao falar por parábolas (Mt 13.55), Cristo fez alusão direta ao Salmo 78.2. No início de seu ministério, quando Cristo demonstrou todo o seu zelo pela casa de Deus, os Seus discípulos se lembraram do Salmo (69.9; Jo 2.17). Ao referir-se ao traidor, o nosso Senhor o fez com as palavras do Salmo (41.9; Jo 13.18). Quando o Senhor estava naquela horrenda cruz em profunda dor, as palavras que brotaram de Seus santos lábios foram as do Salmo 22.1; Mt 27.46; e Suas últimas palavras: “Pai, nas tuas mãos entrego o meu espírito”. Eram do Salmo 31.5.

sexta-feira, 10 de outubro de 2014

O SELO DO ESPÍRITO SANTO (Ef 1.13,14)

O capítulo 1 de efésios é maravilhoso. O apóstolo Paulo, mostra-nos que a salvação é trinitária. Toda a santíssima trindade está ativamente envolvida na nossa salvação. Paulo começa elencando as bênçãos procedentes do Pai que são a eleição, predestinação e adoção, tudo para louvor da glória de sua graça (Ef 1.3-6). Depois Paulo elenca as bênçãos procedentes do Filho que são a redenção pelo seu sangue e a remissão dos pecados, para louvor da sua glória (Ef 1.7-12), e por último, mas não menos importante, temos as bênçãos procedentes do Espírito Santo que são o selo e a garantia, em louvor de sua glória (Ef 1.13,14).
O iminente expositor bíblico, Warren W. Wiersbe destaca quatro aspectos da selagem do Espírito Santo que passaremos a considerar.[1]

terça-feira, 7 de outubro de 2014

A MARAVILHOSA DOUTRINA DA ADOÇÃO.

Nos predestinou para ele, para a adoção de filhos, por meio de Jesus Cristo, segundo o beneplácito da sua vontade” (Ef 1.5).
Essa doutrina é particularmente bela e solene. Ela é alívio para uma consciência aflita e refúgio para uma alma cansada. Sabermos que Deus é nosso Pai celestial, que fomos adotados em Sua sagrada família é motivo dos mais altos louvores.
Nascemos na família de Deus. Ele mesmo, segundo o beneplácito de sua vontade, por pura graça e misericórdia decidiu nos adotar. A adoção é um ato livre da graça de Deus. É uma escolha voluntária. Ao sermos adotados na família de Deus, recebemos um novo nome, uma nova herança e uma nova vida. O nosso passado de pecado, de miséria é deixado para trás. A nossa dívida é cancelada. Nos tornamos participantes da herança de Deus. O apóstolo Paulo escrevendo aos romanos declara: “Ora, se somos filhos, somos também herdeiros, herdeiros de Deus e coerdeiros com Cristo...” (Rm 8.17). Deus colocou à nossa disposição as riquezas de sua graça (Ef 1.7; 2.7), as riquezas de sua glória (Fp 4.19), as riquezas de sua bondade (Rm 2.4) e as riquezas de sua sabedoria (Rm 11.33ss) – e todas as riquezas de Deus encontram-se em Jesus Cristo (Cl 1.19; 2.3). Ele é nosso irmão mais velho.

sexta-feira, 3 de outubro de 2014

A IMPORTÂNCIA DOS CREDOS, CATECISMOS E CONFISSÕES.

Vivemos tempos tormentosos, tempos de confusão teológica, liberalismo e apostasia. Todos os dias surgem novas linhas de pensamento que na verdade não passam de velhas heresias com uma nova roupagem e abordagem. A Igreja de Cristo, em meio a tanta confusão, precisa encher-se de ousadia e expressar claramente a sua crença.
Desde o início a Igreja de Cristo foi confessional. O apóstolo Paulo chega a dizer: “Se creem com o coração, tem que confessar com a boca” (Rm 10.9-10).  Judas, por exemplo, faz referência direta a algum tipo de formulação existente no seu tempo. Ele fala da "fé que uma vez por todas foi entregue aos santos" (v. 3). O comentarista bíblico Michael Green diz que: “A palavra entregar, Gr. Paradidomai é a palavra usada para transmitir tradição autorizada em Israel (cf. 1Co 15.1-3; 2Ts 3.6), e Judas, portanto, está dizendo que a tradição apostólica cristã é normativa para o povo de Deus. O ensino apostólico, e não qualquer moda teológica que atualmente esteja em voga, é a marca do cristianismo autêntico”.[1] Essa “fé que uma vez por todas foi entregue aos santos” é o conjunto de verdades reveladas que estavam de alguma forma sistematizadas e eram aceitas pelos crentes de então. O ensino e a pregação apostólica regulamentavam a igreja como vemos em Atos 2.42: “E perseveravam na doutrina dos apóstolos...”