terça-feira, 9 de setembro de 2014

JESUS, O FILHO AMADO DO PAI.

Muito se tem dito do amor de Deus pelos homens pecadores, passagens como João 3.16 e Romanos 5.8 constantemente nos lembra desse fato. Porém, as vezes o amor do Pai por Seu Filho Jesus Cristo parece não ser lembrado com a mesma força. E isso é uma pena, pois o amor que une o Pai e o Filho é algo magnífico.

A primeira vez que lemos a Palavra amor no Novo Testamento é quando Jesus, após ser batizado por João Batista nas águas do Jordão, e o Espírito Santo descer sobre Ele como uma pomba, a voz do Pai rasga os céus dizendo: “Este é o meu Filho amado, em quem me comprazo” (Mt 3.17).

Na oração sacerdotal, o Senhor Jesus deixa claro de que esse amor é perfeito e eterno. Referindo-se ao amor do Pai, Cristo afirmou: “...Porque me amastes antes da fundação do mundo” (Jo 17.24). Quando não havia o movimento de nenhum corpo celeste, quando não havia o marulhar da asa de um único anjo, Jesus Cristo estava no seio do Pai em amor e compreensão mútuos (Jo 1.18).

Ele é “o Filho do Seu amor” (Cl 1.13; Jo 10.17; 15.9; 17.23,24). Jesus é o “Filho amado do Pai” (Mt 3.17; Mc 1.11; Lc 3.22). O Pai ama o Filho e entregou todas as coisas nas Suas mãos (Jo 3.35). É um amor que não retém coisa alguma. E esse amor é recíproco, pois o amor obediente de Jesus ao Pai, o levou do cenáculo para o Getsêmani e dali para o Gólgota. Jesus entrega-se com confiança a boa vontade do Pai. Ele ama o Pai e faz como o Pai o ordena (Jo 14.31).

Este relacionamento é tão perfeito e essa unidade de amor é tão intrínseca que, quem nega o Filho nega também o Pai ( 1Jo 2.22,23); aquele que odeia o Filho, também odeia o Pai (Jo 15.23,24); e quem não honra o Filho, não honra o Pai que o enviou (Jo 5.23). Essa íntima e indizível relação capacita Jesus Cristo a dizer: “Quem me vê a mim vê o Pai” (Jo 14.9). O Pai e o Filho estão tão unidos que a ira de Deus é a “ira do Cordeiro” (Ap 6.16); “o reino de Cristo é o reino de Deus” (Ef 5.5).

Finalizo com as sábias palavras de F. F. Bruce:
“Um embaixador recebe as honras devidas ao soberano que representa; a desonra de um embaixador é um insulto ao seu soberano. O Filho é o enviado plenipotenciário do Pai. O Pai concede autoridade e o Filho a exerce; o Pai envia e o Filho é o enviado. Mas o Pai e o Filho são um de forma tão completa e o Filho manifesta o Pai de modo tão perfeito, que ninguém pode honrar o Pai e ao mesmo tempo rejeitar o Filho. Os adversários de Jesus pensavam que podiam fazer isto, mas estavam enganados”.

Rikison Moura, V. D. M

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