Pregar a
Palavra de Deus de maneira fiel nunca foi tarefa fácil. Ser boca de Deus em um
mundo caído nunca foi popular. Definitivamente, a verdade não é popular. O
evangelho não é atraente.
Em seus dias
o profeta Jeremias já havia constatado esse fato, o profeta com o coração
quebrantado declarou: “A quem falarei e testemunharei, para que ouçam? Eis que
os seus ouvidos estão incircuncisos e não podem ouvir; eis que a palavra do
SENHOR é para eles coisa vergonhosa; não gostam dela (Jr 6.10).
Essas pessoas
descritas pelo profeta não davam crédito a palavra de Deus anunciadas por
Jeremias, ao invés disso ouviam com muita presteza as mensagens superficiais e
mentirosas dos falsos profetas, esses ofereciam ao povo mergulhado no pecado um
placebo, uma mensagem rasa que não tratava com seriedade o pecado “curam
superficialmente a ferida do meu povo, dizendo: Paz, paz; quando não há paz”
(Jr 6.14).
Nos dias do
profeta Oséias ele denunciou os sacerdotes por terem rejeitado o conhecimento
de Deus e tirarem proveito do pecado do povo: “Alimenta-se do pecado do meu
povo e da maldade dele têm desejo ardente” (Os 4.8). Quanto mais crescia a
religião em Israel, mais o povo se distanciava de Deus. “Eles voltam, mas não
para o Altíssimo” (Os 7.16).
Parece uma
crônica amarga de falsos ministros, eles não confrontam o pecado, não tratam de
maneira radicalmente bíblica o pecado. Eles são coniventes com o pecado,
toleram o mal, apresentando uma mensagem aguada onde o pecado, arrependimento,
salvação, ira divina e outros temas são abolidos de seus púlpitos. Eles pregam
para agradar cristãos nominais, e esses cercam-se de falsos mestres, assim
cumpre-se diante dos nossos olhos o que o apóstolo Paulo escreveu a Timóteo:
“Pois haverá
tempo em que não suportarão a sã doutrina; pelo contrário, cercar-se-ão de
mestres segundo as suas próprias cobiças, como que sentindo coceira nos
ouvidos; e se recusarão a dar ouvidos à verdade, entregando-se às fábulas” (2Tm
4.3,4).
Muitas
pessoas hoje em dia, dentro da própria igreja, estão encharcadas de animosidade
contra a pregação bíblica. Elas odeiam as exigências do Reino de Cristo. Elas
odeiam uma pregação confrontante. Elas odeiam o Deus da Escritura. Por isso, o
que eles chamam de Deus é uma afronta, uma caricatura tosca da Divindade da
Escritura, indigno da adoração dos salvos.
Mesmo não
sendo atraente e nem popular, pregar a verdade é tarefa intransferível da
Igreja de Cristo. Ela é coluna e baluarte da verdade (1Tm 3.15). Se o mundo não ouvir a verdade dos nossos
lábios, onde ouvirão?
Fomos
chamados pelo Espírito da verdade ( Jo 14.17; 15.26; 16.13), a Palavra de Deus
é a verdade (Jo 17.17). Porque nada podemos contra a verdade, senão em favor da
própria verdade ( 2Co 13.8). Ele nos gerou pela palavra da verdade ( Tg 1.18),
nenhuma mentira vem da verdade (1 Jo 2.21), o que diz a verdade manifesta a
justiça (Pv 12.17)
Uno a minha
voz a do apóstolo João e num brado uníssono declaro: “Não tenho maior alegria
do que esta, a de ouvir que meus filhos andam na verdade” (3Jo v.4).
Rikison
Moura, V. D. M
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